Annie Gonzaga

Pratico arte como potente ferramenta de denúncia e visibilidade política e a traduzo em grafites, pinturas, performances, expressões que tatuoem pele-papel e pele-cimento. Meu trabalho se torna uma memória, reflexo coletivo de memórias outras, encontros e pertenças constitutivas desde a margem – a marginalidade de gênero, raça, cor, sexualidade. Na força das vozes que se derramam e aquarelam umidamente papel e cicatrizes dos corações-mosaicos multiplicando-se em cores e formas os muros e paredes de cidades, me fiz artista.

Nas experimentações mais recentes com aquarela e projeção audiovisual, organizo Itans ancestrais e desejos contemporâneos na fluidez da TRANSpiração e da vida escorrendo como menstruAção e ejaculação orgásmica. Fluidos ressaltam cores, potênca de vidas, sabores e efeitos, desejos e transas: são frutos das simbioses que projeto entre urbano e Orixá, morte e renascimento, intimidade e natureza, sabedorias diaspóricas antigas e novas tecnologias.